Deleita-te, minha alma,
No choro da glória
Que penetra com calma
Em toda a minha estrutura lógica.
Acreditar é mero obstáculo
Na inconsciência que valho algo.
Já frustrei todos os elogios
Por mero desgaste de paciência.
Pode ser capricho da minha elegância
Arrecadar a solidão dos copos vazios,
Mas é que as palavras são baratas
Nas bocas mais ingratas.
Então, silêncio, por favor.
Sê ridículo na tua estatura
Sê grande na tua luta.
Sê franco na tua voz
Sê, não apenas quando só.
Sê, não apenas quando só.